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Pouco ouro frustra garimpeiros em Aripuanã


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O garimpo ilegal de minério na Fazenda Dardanellos, uma propriedade particular localizada na zona rural de Aripuanã (1050 quilômetros, ao noroeste de Cuiabá) está perdendo a força. Contudo, a Superintendência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) informou que a invasão tem causado “violenta agressão ambiental”.

O local já chegou a ter até 3 mil pessoas inicialmente, o que preocupou a administração municipal. “As redes sociais disseminam muitas questões que não são verdadeiras e as pessoas na boa fé, na esperança de conseguirem um capital, viram uma oportunidade de irem para Aripuanã atrás do ouro que não existe. Teve muito ouro e alguns acertaram realmente, mas o que nós identificamos é de que lá é um ‘sequeiro’, no linguajar dos garimpeiros”, informou o prefeito da cidade, Jonas Rodrigues da Silva.

Conforme ele, alguns garimpeiros até acharam ouro, mas quando ainda eram poucos na área. Com a grande procura e a profundidade, o minério diminuiu nas partes mais superficiais da terra, entrando agora para o subterrâneo. “É filão. Então, ele (ouro) vem no meio da rocha e num espaço de 10 a 20 metros desce num sistema vertical (para baixo do solo) e automaticamente os primeiros que chegam tem a facilidade de pegar esse ouro. Mas, de acordo que vai descendo fica mais difícil para os garimpeiros e os que estão chegando agora saem dali frustrados”, comentou.

Ao Jornal do Meio-dia, da Vila Real, o prefeito disse que uma das preocupações da gestão é com as pessoas que estão na cidade e não têm condições de voltar aos seus municípios de origem. “Ali tem famílias, pessoas que foram iludidas e têm esperança de mudar a vida. Nós temos que tratar essas pessoas com responsabilidade”, disse informando que nesta quinta-feira, às 17 horas, haverá uma reunião com representantes do DNPM sobre a situação. Na reunião, será discutida uma solução, a fim de interromper a prática ilegal no local de forma pacífica.

A corrida pelo ouro na área começou há pouco mais de uma semana e foi divulgada pelas redes sociais, como Facebook e WhatsApp, o que levou milhares de pessoas para a região, que chegou a ser chamada de “Nova Serra Pelada”.

Em nota, o superintendente do DNPM, Serafim Carvalho Melo, reforçou que a atividade de extração mineral no local acontece de forma ilegal e que, por isso, já comunicou o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). O caso, segundo ele, é considerado “usurpação do patrimônio mineral da União”.

Consta junto ao Departamento Nacional que a área invadida já tem autorização de uso para pesquisa mineral cedida em nome de terceiros e aguarda portaria com outorga da Lavra. Inclusive, algumas pesquisas feitas pela empresa detentora dos direitos de exploração já estariam concluídas.

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